Efêmeras memórias de uma vida simples
A verdade é que a vida não vem com manual de instruções, nada sobre como ganhar ou sobre como não perder, como fugir das mazelas e das cicatrizes da vida.
A verdade é que são esses fatores que moldam o nosso caráter e nos fazem ser quem somos.
As dores, os choros e as perdas, as fraquezas, a impotência e a dependência, são elementos que nos colocam de volta em nossos lugares nessa grande narrativa, somos pequenos.
Não serei entusiasta demais a ponto de pensar que vou mudar o mundo, aliás, bem sei que alguns nasceram com esse propósito, mas não é o caso aqui desse lado.
Tenho um lugar singelo e simples nessa grande história que é a vida, um lugar comum, um lar comum, um emprego comum, uma vida ordinária mas que carrega uma beleza extraordinária.
E é nesse ponto singular que está o problema, o simples em uma era de extravagância. A simplicidade parece errada, o comum é rejeitado e a extravagância aplaudida.
É quando mesmo em meio ao comum me pergunto: Quem é feliz de verdade?
É tudo tão passageiro e intangível que tudo passa e pouco percebemos, porque estamos na busca do glamour em detrimento do simples.
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