AS LETRAS NAS LINHAS NÃO ME DEIXAM MENTIR, VOCÊ SABE QUE ESCREVER É MAIS QUE UMA FALSA ANGÚSTIA.
Mas e quando buscamos na escrita um conforto que talvez nem ela mesma possa nos dar? Essa perpetuação de usar a escrita como uma fuga melancólica é passada, é batida, ela é mais que isso, ela vai além disso, ela traz cores, traz vida, deixa expressão, deixa nos expressarmos, traz cor, dá novas cores, veja como ela dá fim ao tempo cinza e pacato.
exaustão….
Escrevo por escrever ou escrever para aliviar? tem coisas que falada não soam tão bem quanto que escrita, escrever dá uma sensação de liberdade ou é apenas uma falsa impressão de liberdade. e o conforto que buscamos é a fuga, a fuga da dor que se veste de sorriso durante o dia mas se veste de lágrimas durante a noite.
Olhei pela janela a chuva já tinha acabado, só que ainda assim aquela rua molhada e o tempo gelado ainda me entristecia, ainda lembrava daqueles que se foram, dos dias passados e pacatos sem alegria. É a segunda vez que vou esquentar o meu café.
Outra vez a chuva começou e dessa vez ela está mais forte, percebi que esqueci a janela do quarto aberta, mas tudo bem, não é o meu. Falando nisso, lembrei que me chamaram de egoísta…. talvez eu deva subir e fechar a janela.
A chuva ficou ainda mais forte e percebi que o problema não era a janela, então me perguntei quando foi que o meu teto ruiu, a chuva cai sem parar aqui dentro. me pergunto quando alguém vai vir me ajudar.
A escrita não precisa ser algo melancólico e triste, ela pode ser alegre também. mas meu momento é outro, eu apenas preciso encontrar essa fonte de alegria que vai me ajudar a escrever linhas felizes e cheia de cores. Ando a buscar uma fonte, o tal pote de ouro no fim deste arco-íris.
Relatos de julho — O velho e seus delírios.